É já no domingo que a comitiva portuguesa ruma a Lublin, na Polónia, para o Campeonato da Europa de piscina curta, de 2 a 7 de dezembro. Depois da apresentação dos 11 nadadores selecionados, dos seus objetivos e ambições, torna-se agora imperioso olhar para a visão do diretor-técnico nacional, Ricardo Antunes, sobre a participação lusa.
Para começar, Ricardo Antunes, sublinhou que o sucesso da participação lusa não se pode medir apenas pela conquista de medalhas. «Esta participação tem um duplo propósito: garantir uma prestação competitiva de elevado nível, procurando superar os resultados alcançados em Otopeni (Roménia), em 2023, e consolidar a estratégia de desenvolvimento da equipa para os próximos compromissos internacionais», começou por afirmar o diretor técnico nacional, assumindo que a Federação Portuguesa de Natação «considera este Europeu um momento-chave de afirmação e continuidade no trabalho técnico realizado ao longo do ciclo».
«Entraremos em competição com uma postura de ambição realista: o sucesso não se mede exclusivamente em medalhas - altamente exigentes no contexto europeu - mas sim na progressão quantitativa e qualitativa dos nadadores portugueses. Melhores marcas pessoais, incluindo potenciais recordes nacionais, melhores classificações individuais e coletivas, maior presença em finais e um ganho de experiência que funcione como catalisador para as próximas grandes competições internacionais são os objetivos centrais desta participação», prosseguiu Ricardo Antunes.
Conhecedor do período preparatório da Seleção Nacional para este Europeu, o diretor técnico nacional acredita em bons resultados desportivos. «No plano desportivo, o prognóstico é positivo. No último Campeonato da Europa de piscina curta, Portugal alcançou 14 meias-finais e 5 finais, e recorda-se ainda a última medalha obtida neste contexto, em 2015, em Netanya (Israel), através de Diogo Carvalho nos 200 estilos», prosseguiu Ricardo Antunes, projetando a presença de alguns nadadores nas finais das respetivas provas: «Com base na preparação realizada e nas projeções de desempenho, acreditamos que vários nadadores poderão superar ou aproximar-se das suas melhores marcas, discutindo lugares em meias-finais e finais. Aliás, em algumas provas, o cenário competitivo permite encarar com otimismo um top 5, mantendo viva a ambição de perseguir lugares de pódio. Já nas estafetas, a Seleção vê igualmente uma oportunidade para demonstrar coesão, evolução coletiva e reforçar a visibilidade internacional da natação portuguesa.»
