Setubal 2025 em balanço - Daniel Viegas: seleções nacionais «corresponderam em geral»

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O diretor técnico nacional Daniel Viegas para as águas abertas faz o balanço da participação portuguesa em Setúbal, considerando que as seleções nacionais «corresponderam em geral» às expectativas desportivas numa estratégia da FPN que «procura alargar o espectro da participação» de nadadores nas grandes competições.

Daniel Viegas: «A natação portuguesa viveu dois fins de semanas plenos de águas abertas com a realização de três competições internacionais em Setúbal – Taça do Mundo, Europeu de Juniores e Taça da Europa.

Recordamos que, este ano, a FPN assumiu uma aposta que pretendeu alargar o espectro da participação de nadadores nas grandes competições. Já tínhamos apresentado quatro nadadores no europeu - Francisco Amaral, Ricardo Santos, Mafalda Rosa, Mariana Mendes - e agora três no mundial – Mafalda Rosa, Diogo Cardoso e Tiago Campos -, sendo que dois deles serão diferentes.

Para estas competições quisemos manter esta aposta alargada com 18 nadadores diferentes em ação.

Na Taça do Mundo a maior dificuldade sentida pelos nadadores foi na prova feminina, com uma grande mudança de temperatura da água, durante prova o que não nos permitiu alcançar com o registo desejado.

Na prova masculina tivemos o Diogo Cardoso e o Tiago Campos com prestações dentro do previsto, tendo em conta que estão em preparação para o Campeonato do Mundo.

Portugal apresentou no Europeu de juniores uma seleção bastante alargada, pelo facto de se realizar “em casa”. Os resultados corresponderam aos objetos que estavam planeados.

A maior parte dos nossos nadadores é inexperiente nestas competições e participar em Setúbal, onde as provas são sempre muito difíceis, provocou algumas dificuldades. As desistências deixam-nos algum sabor amargo, mas resultaram das condições difíceis e do primeiro impacto a nadar com os experientes pelotões internacionais.

No obstante, os resultados foram positivos: duas classificações no top 16, uma boa experiência nas provas de Knockout; e uma estafeta acima da espectativa.

Por fim, a Taça da Europa deu-nos oportunidade de colocar mais nadadores no processo competitivo e culminou positivamente com um 6.º, um 13.º e um 16.º. O que demostrou uma aposta positiva no aumentar o número de nadadores envolvidos nas águas abertas, provando que temos muitos nadadores capazes de se apresentarem a um bom nível as competições internacionais.»

FOTO - Seleção com a campeã olimpica Rosa Mota