DESTAQUES - Campeonato Nacional de Juvenis, Juniores e Absolutos - OPEN Portugal 2025

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DESTAQUES  - Campeonato Nacional de Juvenis, Juniores e Absolutos - OPEN Portugal 2025

Por João Bastos

João Costa e Diogo Ribeiro em trajetória ascendente

Os olímpicos João Costa e Diogo Ribeiro estiveram em destaque no Open de Portugal.

Apesar de não estarem ainda ao seu melhor nível, merecem esse destaque pelos resultados obtidos nas circunstâncias em que se encontram.

O nadador do Vitória Sport Clube voltou a bater um recorde nacional, algo que já não acontecia desde os memoráveis Mundiais de Fukuoka.

Recorde-se que cinco meses depois de Fukuoka, o costista contraiu uma lesão no ombro que condicionou fortemente o resto da temporada, a da estreia olímpica.

Mas a lesão parece estar definitivamente ultrapassada e Costa voltou, no Jamor, a estabelecer um recorde nacional, desta feita nos 50 metros costas, com o tempo de 25.25 segundos, superando por 3 centésimos o anterior máximo que eram co-propriedade sua e de Alexis Santos.

Este tempo ainda não dá direito a estar em Singapura. Para aí é preciso nadar em 25.11, mas já não está longe. Assim como aos 100 metros, prova nadada em 54.73, ainda a cerca de um segundo do seu recorde nacional e a 0.79 segundos do mínimo para o mundial, mas a sua melhor marca das últimas duas épocas, o que só pode motivar o nadador vimaranense.

Relativamente a Diogo Ribeiro, a comunidade da natação ficou a saber que esteve a treinar lesionado e com fortes limitações a nível dos membros superiores praticamente até estes campeonatos. De notar o excelente trabalho da equipa técnica e da FPN que mantiveram o nadador a trabalhar de forma reservada na sua recuperação, que ainda continua, mas com excelentes indicadores.

O bi-campeão do mundo tem acesso assegurado ao mundial nos 50 livres e 50 mariposa e veio a estes campeonatos tentar acrescentar os 100 mariposa e 100 livres. Por apenas 2 centésimos não conseguiu em mariposa, mas os 51.79 (e mesmo os 48.65 aos 100 livres) são um tempo canhão atendendo às circunstâncias.

Pondo em perspetiva, o benfiquista fez 0.11 segundos melhor do que havia feito nos 100 mariposa nos Jogos Olímpicos. Daqui para a frente, mantendo-se Diogo saudável, só podemos perspetivar uma trajetória ascendente com destino a Singapura.

Camila Rebelo confirma Mundial

No Open de Portugal encontravam-se a competir quatro nadadores já com mínimos para o Mundial de Singapura, nos próximos meses de julho e agosto. Eram eles: Camila Rebelo, Diana Durães, Diogo Ribeiro e Francisca Martins. Dos quatro, apenas Camila logrou voltar a nadar abaixo do tempo de referência para estes campeonatos.

Regressada do estágio em altitude na Serra Nevada, a nadadora do Louzan Natação não podia dar melhor resposta.

Já há um mês, no Open de Espanha, tinha deixado boas indicações ao nadar os 200 metros costas em 2:10.45, também já aí abaixo dos 2:11.08 exigidos para Singapura. Agora, no Jamor, fez melhor, nadando em 2:10.15, a terceira melhor marca da sua carreira, a pouco mais de um segundo do seu recorde nacional.

Na comparação entre os dois Open também importa ressalvar a diferença do nível competitivo. É que em Espanha, Camila teve uma disputa cerrada com Estella Tonrath, sendo superada pela espanhola e em Portugal venceu com mais de seis segundos e meio de avanço.

Sendo ainda uma fase muito precoce da temporada de piscina longa, não deixa de ser positivo ver a portuguesa ocupar o 5º posto do ranking europeu da temporada.

Ana Pinho Rodrigues e os seus 153 títulos

Um dos maiores destaques do último campeonato nacional de juvenis, juniores e absolutos / Open de Portugal foi para Ana Pinho Rodrigues, nadadora do Sporting Clube de Braga que, aos 30 anos, ascendeu ao segundo lugar da tabela dos nadadores portugueses mais titulados de sempre em campeonatos nacionais.

Com 19 anos de carreira nos escalões de competição, Ana alcançou a cifra de 153 títulos em todos os campeonatos nacionais, sejam de categorias, absolutos ou Open de Portugal.

Ao longo da sua carreira a olímpica em Londres 2012 já representou cinco clubes e em todos eles foi bem-sucedida.

A marca de 153 títulos nacionais é ainda mais relevantes quando, numa rápida análise, se constata que é deflacionada por vários motivos, tais como a inconstância dos campeonatos nacionais, ou seja, nem sempre os mesmos campeonatos são para as mesmas categorias (ex: Ana Rodrigues disputou um campeonato absoluto de piscina curta no seu primeiro ano de júnior, enquanto, nos anos seguintes, esse campeonato passou a ser de juniores e seniores); ausência de alguns campeonatos nacionais por estar a disputar competições internacionais em simultâneo (foi o caso do último campeonato nacional de piscina curta, quando Ana competia no Mundial de Curta de Budapeste); e dois anos afetados pela pandemia, onde não se disputaram os três habituais campeonatos nacionais individuais anuais.

Para além dos 153 títulos, Ana Pinho Rodrigues conquistou 193 medalhas na sua carreira, até agora, distribuídas da seguinte forma:

  • 153 títulos nacionais / Open
  • 30 medalhas de prata
  • 10 medalhas de bronze

Na distribuição entre títulos individuais e de estafetas, a contabilidade é a seguinte:

  • 133 ouros individuais e 20 ouros em estafetas;
  • 29 pratas individuais e 1 prata em estafetas;
  • 10 bronzes individuais.

Em relação aos clubes que representou, a distribuição de títulos e medalhas é bastante equitativa.

Começou em 2006 por representar a Associação Estamos Juntos, clube que representou em dois momentos distintos da sua carreira, entre 2006 e 2012 e, mais tarde entre 2014 e 2017. Foi por este clube que se tornou olímpica e foi também por este clube que venceu mais títulos. 57 medalhas de ouro (31 absolutas / Open e 20 de categorias).

Entre 2012 e 2014 representou o Futebol Clube de Porto e foram dois anos muito proficientes em termos de medalhas, uma vez que foi o clube que lhe deu a oportunidade de vencer (muitos) títulos de estafetas. Em apenas dois anos venceu 32 vezes, 10 de forma individual (5 absoluto/Open + 5 de categorias) e 22 vezes em estafeta.

Em 2017 passa a representar a Associação Desportiva Sanjoanense, clube pelo qual alinhou até 2020. Aí acumulou mais 32 títulos, todos individuais. Foram 23 absolutos / Open e 4 de categorias.

O seu quarto clube foi a Escola Desportiva de Viana, entre 2021 e 2024. No clube minhoto subiu ao lugar mais alto do pódio 40 vezes, com 26 títulos absolutos / Open e 14 títulos de categorias.

A sua carreira prossegue esta época no Sporting Clube de Braga, equipa pela qual se estreou no Jamor, no passado fim-de-semana, em campeonatos nacionais individuais. Abriu logo a contagem com 6 títulos (3 absolutos e 3 Open) e ainda a sua primeira medalha de prata da carreira numa estafeta.

Com 153 títulos, Ana Pinho Rodrigues só é superada na tabela dos nadadores portugueses mais titulados de sempre por Rui Borges, o atual treinador do Fluvial Portuense que, ao longo da sua carreira de nadador, atingiu uns impressionantes 207 títulos, num total de 286 medalhas.

Francisco Quintas no Adeus.

O Open de Portugal marcou a despedida de Francisco Quintas, o internacional português do Sporting que, a um mês de completar 30 anos, despede-se da alta competição.

O brucista representou o Clube Futebol Os Belenenses até 2020 e, desde aí, o Sporting, marcando uma era no clube de Alvalade, sobretudo pela participação que teve na obtenção do 9.º título consecutivo da primeira divisão masculina, feito que só a turma leonina conseguiu alcançar na história da natação portuguesa.

Quintas estreou-se numa competição internacional em representação da Universidade de Lisboa e do Instituto Superior de Agronomia, onde se licenciou em Biologia. Foi na Universíada de 2019, em Nápoles.

Com uma carreira sempre em crescendo, foi também em 2019 que chegou à seleção nacional, competindo nos Europeus de Piscina Curta, em Glasgow.

Seguiu-se o Europeu de Piscina Longa em Budapeste, no ano 2021 e mais um Europeu de Piscina Curta, desta vez em Kazan, também no ano de 2021.

O primeiro mundial da carreira chegou no ano passado, em Doha, uma competição que o colocou à porta dos Jogos Olímpicos, uma vez que integrou a estafeta masculina de 4x100 estilos que acabou por ser a 17ª melhor equipa do sistema de apuramento, logo a primeira entre as que ficaram de fora.

Por diversas vezes ameaçou quebrar algum dos recordes nacionais de bruços, acabando por ficar a apenas 2 centésimos do máximo nacional dos 100 bruços em piscina curta de Carlos Almeida (58.21).

Despediu-se “em casa” na piscina do Jamor no cair do pano do Campeonato Nacional de Juvenis, Juniores e Absolutos / Open de Portugal.

Alexandre Amorim supremo nos 50 bruços

Alexandre Amorim foi aos campeonatos nacionais de juvenis, juniores e absolutos com os olhos postos no seu próprio recorde nacional que tinha estabelecido no Open de Portugal do ano passado, quando superou os 28.16 de Carlos Almeida, que vigoraram durante 10 anos e meio, com a marca de 28.10.

Depois disso, o nadador do Vitória Sport Clube melhorou a marca para 28.07 no Troféu Internacional Vila de Gijón.

No Jamor estava determinado a aproveitar todas as oportunidades que tinha para ser o primeiro português a baixar dos 28 segundos. Quase conseguiu logo na primeira, nadando no novo máximo nacional de 28.03.

À tarde, voltou a ficar muito perto da efeméride, mas a não fazer melhor que na manhã, sendo campeão Absoluto e do Open em 28.09.

No dia seguinte, na final dos 100 metros bruços, nadou os primeiros 50 metros em 28.07. Mais uma marca a ameaçar quebrar a barreira que se está a revelar bastante teimosa.

Com este conjunto de performances, Alexandre Amorim detém agora as 5 melhores marcas nacionais de sempre nos 50 metros bruços, quatro das quais a menos de 1 décimo do sub-28.

Importa também realçar que igualou José Couto no número de recordes absolutos estabelecidos nos 50 metros bruços em piscina longa, uma prova que, desde que foi quebrado o tempo limite, só teve quatro diferentes detentores do recorde nacional:

  • Bruno Gaspar (FCP) – 29.47 (22/05/1999), EULx
  • José Couto (FPN) – 29.38 (27/09/1999), Istambul
  • José Couto (FPN) – 28.91 (06/04/2000), Luxemburgo
  • José Couto (FPN) – 28.51 (28/07/2001), Fukuoka
  • Carlos Almeida (FPN) – 28.43 (25/05/2012), Debrecen
  • Carlos Almeida (FPN) – 28.16 (30/07/2013), Barcelona
  • Alexandre Amorim (VSC) – 28.10 (05/04/2024), Coimbra
  • Alexandre Amorim (VSC) – 28.07 (19/05//2024), Gijón
  • Alexandre Amorim (VSC) – 28.03 (04/04/2025), Jamor.

 

Ricardo e Rafaela nos sub-23

No Open de Portugal jogava-se também a possibilidade de atingir os mínimos para as principais competições internacionais do verão, entre elas, a segunda edição dos Europeus de sub-23, uma competição que se estreou em Dublin, há dois anos, e que teve logo uma portuguesa em dois pódios da competição, Francisca Martins nos 200L (prata) e nos 400L (bronze).

Naturalmente que os nadadores já apurados para o Mundial de Singapura com menos de 23 anos estavam já apurados para estes campeonatos, ou seja, Diogo Ribeiro, Francisca Martins e Camila Rebelo e, nestes campeonatos nacionais, juntaram-se-lhes mais dois.

Rafaela Azevedo é repetente. Em Dublin nadou os 50 e 100 costas e chegou à final da prova mais curta. No Jamor, com o tempo da vitória nos 50 metros costas de 28.72, superou os 28.91 exigidos para nadar em Samorin.

Já Ricardo Santos está a fazer um percurso a passar por todos os estádios de evolução. Depois de ter estado no Europeu de Juniores há dois anos e Mundial Júnior de Águas Abertas no ano passado, apura-se agora para o Campeonato da Europa de sub-23 com o tempo de 2:00.01 nos 200 metros costas, melhor que os requeridos 2:00.35.

O nadador do Louzan Natação ficou à beira de ser apenas o quarto português de sempre a baixar da barreira dos 2 minutos nos 200 costas.

Gonçalo Azevedo é o 4º melhor júnior português de sempre

Durante os campeonatos nacionais de juvenis, juniores, absolutos e Open de Portugal houve vários nadadores juniores em destaque, um dos principais foi o nadador do Futebol Clube de Porto, Gonçalo Azevedo.

Com a marca de 50.94 a abrir a estafeta júnior do FCP, Azevedo juntou-se a Rafael Mimoso no Mundial de Juniores que se vai disputar na Roménia de 19 a 24 de agosto.

Para além do mundial, o nadador internacional português está apurado para o Europeu de Juniores nos 100 e 200 metros livres e nos 50 metros costas.

Gonçalo Azevedo é, atualmente, uma das maiores promessas da natação portuguesa e se colocarmos em perspetiva histórica as marcas do nadador do Porto, notamos que o acompanham referências bastante inspiradoras.

Com efeito, se houvesse agora uma estafeta de 4x100 metros livres com os melhores juniores portugueses de sempre nos 100 livres, Gonçalo já entrava nela.

Os outros três que a comporiam são Diogo Ribeiro (48.52), Tiago Venâncio (49.59) e Miguel Nascimento (50.83).

Três nadadores olímpicos que, com Gonçalo Azevedo, são os únicos quatro que em idade de júnior baixaram dos 51 segundos aos 100 livres.

Gonçalo já se tinha apurado para os Europeus de Juniores no ano passado, ainda nadador do Clube de Natação da Maia, mas uma lesão retirou-lhe a oportunidade de representar a seleção nacional nessa ocasião. Depois de uma longa recuperação, mostra estar este ano ao seu melhor, deixando antever que o melhor estará ainda para vir, numa época que acabou de ficar mais longa para o nadador de José Manuel Borges.

Rui, Tiago e Rafael a caminho da Eslováquia

Neste artigo destacamos três nadadores que vão integrar a equipa portuguesa nos Campeonatos da Europa de Juniores, os três com percursos muito distintos, mas com a semelhança de terem feito (ou confirmado) mínimos para os Europeus de Juniores no Open de Portugal.

Começamos pelo mais experiente a nível internacional, Rafael Mimoso. O nadador do Benfica vinha a estes campeonatos já apurado para os Europeus e mesmo para os Mundiais de Juniores.

Apesar de ter completado apenas 18 anos no último dia dos campeonatos decorridos no Jamor, Mimoso tem já várias participações em representação das camadas jovens da seleção nacional, nomeadamente, FOJE 2022 e 2023, Europeu de Juniores 2023 e 2024 e vários meetings internacionais.

Vindo já apurado para Europeu e Mundial de Juniores nos 200 metros bruços, com os 2:16.03 que fez na Suíça em janeiro, não só confirmou os mínimos nessa prova, como acrescentou para ambas as competições a presença nos 100 metros bruços, com a marca de 1:03.02.

Mesmo não sendo a melhor marca da sua carreira, os 2:15.37 aos 200 metros bruços são novo recorde nacional júnior-18 anos e coloca-se como o quinto melhor júnior da Europa esta época.

Rui Pereira, do Colégio Integrado Monte Maior, será outro repetente nos Europeus de Juniores. No ano passado, ainda juvenil-A, esteve na Lituânia a foi mesmo o português que mais metros nadou, competindo nos 400, 800 e 1500 metros livres.

Agora, confirmou o regresso a essa competição com os 15:58.62 feitos nos 1500 metros livres, que lhe deram o título de campeão nacional júnior nesta prova. Vai se manter ainda na luta por alcançar mais tempos de acesso, nomeadamente nos 400 e 800 metros livres, onde também não está longe.

Em estreia absoluta em competições internacionais estará Tiago Brandão.

Em bom rigor, essa estreia concretizar-se-á já no próximo fim-de-semana no Multinations Junior, mas a sua competição alvo desta temporada passou a ser os Europeus de Juniores.

O sprinter do Clube Galitos de Aveiro teve uma prova memorável na Final A do Open de Portugal ao nadar os 50 metros mariposa em 24.91, superando o mínimo exigido para o CEJ de 25.01. De manhã tinha sido campeão nacional júnior, mas em 25.25, mostrando, à tarde, que a determinação também nada.

Para além da prova de 50 metros mariposa, é também expectável que Tiago Brandão possa ser o representante luso numa provável estafeta 4x100 estilos, lembrando que Portugal tem um nadador apurado nos 50 metros costas (Miguel Oliveira) e outro nos 200 metros costas (Afonso Freitas), um apurado nos 100 bruços (Rafael Mimoso), um apurado nos 50 mariposa (Tiago Brandão) e um apurado nos 100 livres (Gonçalo Azevedo).

Sporting de Braga com dupla representação dos Europeus de Juniores

Os campeonatos nacionais de juvenis, juniores, absolutos e Open de Portugal tinham também como ponto de interesse acompanhar os nadadores que aumentariam o número de representantes nacionais nas competições internacionais do Verão.

Com Mundiais de Absolutos em Singapura, Europeus de Sub-23 e de Juniores em Samorin, Mundiais de Juniores em Otopeni e Festival Olímpico da Juventude em Skopje, os motivos de interesse eram sobejantes à entrada para estes nacionais.

No que diz respeito aos Europeus de Juniores, houve uma equipa que passou diretamente de zero para dois apurados, ambos a evidenciar uma excelente progressão neste Open de Portugal.

Falamos do Sporting Clube de Braga que viu Maria Neves e Filipe Laranjo a carimbarem o passaporte para a Eslováquia.

A costista, ainda júnior de segundo ano, esteve em destaque ao vencer os 100 e os 200 costas, mas foi no duplo hectómetro que produziu o tempo de maior relevo. Venceu o título com 2:17.33 minutos, mínimo para o Campeonato da Europa de Juniores e uma progressão de quase 4 segundos em relação ao seu anterior recorde pessoal (2:21.30).

Com este desempenho, Maria Neves não só garantiu o tempo de acesso ao CEJ, como ficou com o mínimo para os campeonatos de mundo de juniores ao seu alcance (2:17.13), tendo ainda três meses para o poder fazer.

Quem também garantiu presença nos Europeus de Juniores (e também com uma grande progressão nestes campeonatos) foi o companheiro de equipa de Maria Neves, Filipe Laranjo.

O nadador que acompanhou o treinador Rafael Ribas da EDV para o SC Braga está a ter uma excelente época 2024/2025. Já aqui tínhamos falado dele após ter estado em destaque no final do macrociclo de piscina curta desta época e, à primeira oportunidade, confirmou que está a ter, de facto, uma grande evolução.

Filipe Laranjo garantiu os tempos de acesso aos Europeus de Juniores em duas provas, nos 200 e nos 400 metros livres. Aos 200 metros com 1:53.29 e aos 400 metros com 4:00.13. O nadador júnior vinha inscrito com 1:55.06 e 4:05.52 respetivamente, o que mostra bem o salto qualitativo que tem dado esta temporada.

Para os mundiais de juniores é preciso nadar em 1:52.54 e 3:59.71. Sobretudo o dos 400 já não está nada longe e Filipe terá agora os Multinations e até 6 de julho (englobando os Europeus de Juniores) para conseguir juntar-se ao restrito lote de nadadores com presença assegurada no Mundial de Juniores.

Miguel Oliveira, um juvenil à porta do Mundial Júnior

Nos últimos anos temos tido vários nadadores juvenis a saltar um patamar e a chegar, ainda antes da idade, aos Campeonatos da Europa de Juniores.

Só na última década, foi assim no ano passado com Rui Pereira, há dois anos com Rafael Mimoso, em 2017 com Rafaela Azevedo e em 2014 com Tamila Holub.

Em 2025, voltamos a ter um nadador juvenil a conseguir atingir mínimos para os Campeonatos da Europa de Juniores, é o vitoriano Miguel Oliveira.

Já antes do Campeonato Nacional do Jamor, o costista tinha garantido a passagem para Samorin através dos seus 26.77 nos 50 metros costas, feitos no início de março, na Madeira e no Open de Portugal voltou a confirmar (duas vezes) voltando a nadar abaixo dos 26.98 exigidos.

Miguel Oliveira está muito perto de ser pioneiro é na participação num Mundial de Juniores ainda enquanto juvenil. O mínimo para esta competição nos 50 metros costas é de 26.72, portanto, apenas 5 centésimos abaixo do recorde nacional juvenil-A do nadador do Vitória Sport Clube. Nunca nenhum nadador português nadou esta competição em idade de juvenil.

O nadador juvenil-A juntou ainda mais dois recordes nacionais à sua conta pessoal, que já conta na presente época com 7 máximos nacionais da categoria. No Campeonato Nacional de Juvenis (de manhã) nadou em 57.74 e no Open de Portugal (à tarde) nadou em 57.58, mínimo para o Festival Olímpico da Juventude Europeia e próximo dos 57.35 para os CEJ.

Rodolfo Alecrim e os 13 recordes nacionais em 24/25

Treze é, neste caso, o número da sorte para o jovem juvenil-B, Rodolfo Alecrim, nadador do Clube Náutico de Leiria, uma vez que é o número de recordes nacionais individuais que já estabeleceu esta época.

Para muitos, está a ser a grande revelação da temporada, apesar de já ter no currículo o estabelecimento de recordes nacionais na categoria de infantis, mas é nesta época que o seu nome é cada vez mais referido nos meios que seguem a natação nacional.

Nos campeonatos nacionais de juvenis, juniores e absolutos / Open de Portugal foi tetra-campeão nacional juvenil-B, nas provas de 50 metros livres e 100 metros livres, 50 metros mariposa e 200 metros estilos e ainda foi prata nos 200 metros livres.

Mas, para além das vitórias, o destaque foi também cronométrico, com mínimo para o Festival Olímpico da Juventude Europeia nas duas provas de 50 metros, conseguindo também novos recordes nacionais juvenil-B nessas provas: 24.07 a livres, 25.76 a mariposa.

Com estes dois recordes nacionais, passa para 13 o número de recordes nacionais individuais (mais um em estafeta) estabelecidos por Rodolfo Alecrim em 2024/2025, nomeadamente:

  1. 100E (PC) – 59.54 (09/11/2024), Leiria
  2. 100L (PC) – 51.98 (16/11/2024), Leiria
  3. 100L (PC) – 51.92 (29/11/2024), Santo António dos Cavaleiros
  4. 50M (PC) – 25.93 (26/01/2025), Benedita
  5. 50L (PL) – 24.46 (01/02/2025), Póvoa de Varzim
  6. 50L (PL) – 24.30 (09/02/2025), Jamor
  7. 50L (PL) – 24.25 (09/02/2025), Jamor
  8. 100L (PC) – 51.45 (15/03/2025), Leiria
  9. 50M (PC) – 25.59 (16/03/2025), Leiria
  10. 100E (PC) – 59.22 (16/03/2025), Leiria
  11. 50L (PC) – 23.64 (16/03/2025), Leiria
  12. 50L (PL) – 24.07 (03/04/2025), Jamor
  13. 50M (PL) – 25.76 (05/04/2025), Jamor

Para além dos 13 recordes nacionais individuais, participou no dia 1 de março na estafeta juvenil masculina 4x50 metros livres da seleção portuguesa que, no Open de Natação do Liceu, no Funchal, nadou no tempo de 1:37.66. Acompanharam-no nesse novo máximo nacional, o seu companheiro de equipa no CNL, Henrique Joaquim, Miguel Oliveira e Santiago Parreira.

A faltar ainda mais de um terço da época, com certeza ainda vamos ver Alecrim aos molhos de recordes.