Mundial Juniores Lima Peru 2022 - Diogo Ribeiro OURO nos 50 mariposa

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Mundial Juniores Lima Peru 2022 - Diogo Ribeiro OURO nos 50 mariposa.

Depois de se sagrar campeão mundial dos 50 livres e 100 mariposa, o jovem português de 17 anos conquista hoje o ouro nos 50 mariposa com recorde mundial juniores 22,96 segundos.

Foram cinco dias intensos para Diogo Ribeiro em que competiu em 10 provas de eliminatórias, meias-finais e finais de 50 e 100 mariposa e 50 e 100 livres.

Ontem, abdicou da meia final dos 100 livres, onde se apresentava com o melhor tempo das eliminatórias, para poder apresentar-se na máxima forma na final dos 50 mariposa e assim tentar melhorar o seu recorde nacional absoluto fixado em 23,07 e chegar ao recorde mundial de juniores do russo Andrei Minakov (23.05). Não só superou o recorde mundial de juniores, como o dos campeonatos, tornando-se assim o primeiro júnior com uma marca a baixo dos 23 segundos (22,96).

Depois de Diogo Ribeiro terminaram o checo Daniel Gracik (23,46) e o dinamarquês Casper Puggaard (23,96), segundo e terceiro, respectivamente, que já haviam ocupado estes lugares nos 100 mariposa.

Diogo Ribeiro: «Estou sem palavras. São muitas emoções. Conquistar esta terceira medalha e logo com um recorde do mundo é um sonho. Foi um longo percurso antes e durante o mundial para conquistar estas medalhas e este recorde. Tenho de agradecer a todos que me ajudaram, a família, ao meu treinador e equipa técnica, ao clube e federação. Isto é o resultado

Depois de ter conquistado a medalha de bronze nos Europeus absolutos, em Roma a 12 de agosto, nos 50 metros mariposa, o nadador do Benfica, treinado por Alberto Silva, conquistou, na capital peruana, os títulos mundiais de juniores nos 50 livres e nos 100 mariposa.

Diogo Ribeiro é o detentor dos recordes nacionais absolutos dos 100 metros livres (48,52 segundos) e dos 50 (22,96) e dos 100 metros (51,61) mariposa.

Três perguntas a Diogo Ribeiro:

Como foi gerir a participação em tantas provas?

O programa não facilitava a minha participação. Algumas das provas tinham 15 a 20 minutos entre as eliminatórias, meias-finais e finais, mas foi possível recuperar e apresentar-me num bom nível, claro com a ajuda do fisioterapeuta Daniel Moedas e com uma atitude muito focada tanto a nível competitivo como entre as competições.

O recorde do mundo de juniores foi um objetivo que levavas contigo desde Roma?

Em Roma queria muito bater este recorde. No final dos 50 mariposa no europeu de Roma olhei para o tempo e vi que não tinha sido recorde e só depois é que percebi que tinha sido terceiro e então fiquei feliz. Por isso, chegado aqui, esse objetivo estava na minha cabeça. Claro que a opção de não competir na meia-final dos 100 livres foi difícil, mas teve de ser tomada. Competi nas eliminatórias dos 100 livres para ter um estímulo. Penso que foi a melhor decisão, já que o recorde foi batido e por uma margem boa. Competi na final sem pensar muito nisso, entrei descontraído nem pensava na marca dos 22 segundos ou recorde pessoal. Até aos 25 metros senti os adversários ao meu lado. Só confirmei o recorde mesmo depois.

Foi uma opção competir no Europeu absoluto e Mundial de juniores…

O nosso plano correu bem: não competir no europeu de juniores e apostar no europeu absoluto e mundial de juniores. Sabíamos que era um risco, mas as pessoas perceberam que a nossa opção era a mais acertada.

Muita pressão desde o europeu até agora ao mundial?

Em Roma não senti a pressão. Era o mais novo e as pessoas não estavam à espera de um resultado. Aqui em Lima sim. Mas penso que eu e o meu treinador soubemos gerir bem esses factos. Viemos, mas cedo para nos aptarmo-nos aos horários e clima de prova. Nos primeiros dias não me senti bem, mas depois comecei a acreditar e a desligar de tudo. Para me poder focar tive de me desligar das redes sociais e do tlm penso que todos perceberam isso. Só tenho de agradecer o apoio manifestado.