Fluvial Portuense vence a 3.ª Taça de Portugal masculina

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Clube Fluvial Portuense vence a 3.ª Taça de Portugal e impede Vitoria Sport Clube de vencer todas as provas este ano.

CFP 11 VSC 7

(3-3, 2-1, 2-1, 4-2)

Árbitros: Eurico Silva e Luís Andrade

Delegado técnico: Paulo Ramos

CFP - Tiago Aparício (GR), Tomas Magalhães, Claúdio Bastos, Miguel Ramalheira (2), Tiago Parati, Bernardo Mateus (1), Diogo Pinto, João Leite, Manuel Cardoso (2), Ferran Trabal (1), David Madridano (5), Leonardo Duarte, Ricardo Santos (GR)

Treinador: Alfonso Merino

VSC - Carlos Gomes (GR), Tiago Teixeira, Miguel Castro, André Rocha, Dumitru Sobetchi, João Costa, Rui Ramos (4), Salvador Lopes (1), Pedro Sousa, Nuno Fernandes, André Pereira, Pedro Cunha (2), Pedro Camargo (GR)

Treinador: Vítor Macedo

Piscina Rota dos Moveis em Paredes, transmissão em direto na Sportv, lotação esgotada e as duas melhores equipas nacionais em disputa pela Taça de Portugal!!

Que mais se podia desejar…

Apresentam-se as equipas…

Toca a Portuguesa…ecoada pelas vozes dos presentes, arrepiante!!

Começa o jogo…posse de bola para o Vitoria, 24 segundos…penalti a favor do Vitoria.

Rui Ramos converte, estavam abertas as “hostilidades”. Nos jogos anteriores entre estas equipas, e começou cedo na disputa da Supertaça em outubro de 2021, o equilíbrio e a incerteza no resultado tinham sido uma constante, mas o vencedor tinha sido sempre o mesmo, o Vitoria. Nos últimos jogos, no play-off final, o Fluvial esteve muito perto de vencer, mas a maior experiência do Vitoria acabou por atribuir o título merecido aos Vitorianos, e por isso esta Taça ganhava interesse adicional, para perceber se a capacidade do Vitoria em dar a volta ao resultado quando estava em dificuldade iria perdurar mais uma vez.

Aos 05:05 David Madridano empata para o Fluvial aproveitando uma exclusão de Salvador Lopes. Pedro Cunha e Rui Ramos fizeram o 3-1 e colocavam já uma diferença de dois golos na partida. Mas mais uma vez David Madridano em superioridade e Miguel Ramalheira em contra-ataque assistido por este último, na nossa opinião os melhores jogadores da partida, colocaram o empate no resultado. O primeiro período não trazia nada de surpreendente nos resultados entre estas equipas. Mas o jogo, esse estava a ser muito bom.

Inicio de segundo período e posse de bola para o Fluvial, mas desta vez tivemos de esperar pelos 4:22 para ver o golo de Bernardo Mateus colocar pela primeira vez nesta partida a equipa do fluvial em vantagem. Defendiam muito bem as duas equipas, com sistemas táticos semelhantes, mas a dinâmica ligeiramente diferente o que permitia ao Fluvial lançar rápidos contra-ataques. Rui Ramos permite a defesa de um penalti a Tiago Aparício (uma boa exibição do guarda-redes fluvialista a transmitir segurança aos seus companheiros de defesa). Dumitru Sobetchi, o canhoto do Vitoria via o cartão vermelho e era excluído da partida por palavras ofensivas para com a equipa de arbitragem. A tensão instalou-se momentaneamente no jogo e este ficou algo partido, notava-se a ansiedade das equipas para fazerem tudo bem e depressa, e nem sempre esse é a melhor solução. Rui Ramos empata a 4 para o Vitoria e quando tudo parecia encaminhado para ir empatado para o intervalo, Miguel Ramalheira assiste para David Madridano fazer o 5-4 a 4 segundos do final. Prometia a segunda parte.

Entrada melhor no terceiro parcial por parte do Fluvial com um excelente golo do pivot fluvialista Manuel Cardoso, com um gesto técnico perfeito a rodar e marcar o 6-4. E Manuel Cardoso, o capitão do Fluvial, viria a fazer o 7-4 numa bela jogada de superioridade muito bem trabalhada. Pela primeira vez uma equipa tinha uma vantagem de 3 golos, o que não sendo decisivo nesta fase do jogo, já era uma vantagem considerável, mas quem acompanha esta modalidade, não esquece de certeza os 5 golos de vantagem que a equipa do Fluvial teve no segundo jogo do play-off final, e que viria a perder a 16 segundos do final…Rui Ramos, mais uma vez ele, reduzia para 7-5. Aos 2:07 uma exclusão dum jogador do Fluvial leva Vitor Macedo, treinador do Vitoria a pedir um time out para tentar através duma jogada combinada reduzir a diferença no marcador, mas Alfonso Merino tinha o seu adversário bem estudado e montou uma defesa que anulou o ataque Vitoriano e ainda lhe permitiu sair em contra-ataque, mas uma excelente defesa num 1 para zero do guarda-redes Vitoriano, Carlos Gomes, salvou a sua equipa de ir para o quarto período com uma desvantagem maior. O jogo mantinha-se vivo, com um ligeiro ascendente por parte da equipa do Fluvial.

O quarto período inicia-se com posse de bola para o Vitoria e conquista mesmo uma superioridade numérica após exclusão de Tiago Parati, mas mais uma vez a solidaria defesa fluvialista impedia o golo do Vitoria. O jogo entro numa toada de ataque e resposta, o nível técnico e tático era muito elevado, o publico puxava pelas suas equipas e certamente que quem via o jogo através da televisão se arrependia de não ter ido à piscina tal era o ambiente vivido. Salvador Lopes aproveita uma desconcentração da defesa fluvialista e faz um belo golo em superioridade. Voltava a estar relançada a partida a 5:33 do final. Aos 4:30 David Madridano faz o 8-6 numa bela finalização coletiva com a bola a circular pelo perímetro e a encontrar David na cara de Carlos Gomes que foi impotente para travar o remate forte do jogador espanhol. E voltaria a ser David a fazer o 9-6, desta feita com um remate cruzado muito colocado. Começava a faltar tempo e diga-se algum discernimento ao Vitoria para dar a volta a esta final, mas Pedro Cunha, reduz a diferença para 2 golos e a 2:35 do final tudo ainda era possível. Mas na jogada seguinte Miguel Ramalheira aos 2:08, com um remate muito subtil, sentenciou a partida, perante o desespero de Carlos Gomes pelo desamparo da sua defesa. Já não havia dúvidas quanto ao vencedor, desta vez o Fluvial ia mesmo vencer e conquistar a sua 3ª Taça de Portugal. O Vitoria lutou dignamente até final e tentou finalizações rápidas para fazer render o escasso tempo que ainda dispunha, mas viria a ser o Fluvial, após um time out pedido pelo seu treinador, que serviu para dar as últimas instruções para o tempo que restava jogar, mas também para delinear uma bela jogada em superioridade que resultou num belo golo de Ferran Trabal muito bem assistido por Miguel Ramalheira, que fechava o resultado final em 11-7. Que belo jogo assistimos, que boa promoção da modalidade para quem teve o privilégio de assistir ao vivo e também em direto através da Sportv.

Estas duas equipas vão encontrar-se agora já no início da próxima época na Supertaça “Carlos Meinedo” e a avaliar pelo que foi esta época, se os planteis se mantiverem minimamente inalterados, o espetáculo vai seguir certamente dentro de poucos meses!!

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