Clube Fluvial Portuense conquista a 11.ª Taça de Portugal ao bater um aguerrido Clube Aquático Pacense num jogo muito bem disputado do princípio ao fim.
CFP 16 CAP 14
(4-3; 4-5; 5-2; 3-4)
Árbitros: Luís Santos e Rui Santos
Delegado Técnico: Paulo Ramos
CFP - Paula Jasny (GR), Maria Ferreira (1), Carolina Fernandes (2), Ruth Ruiz (8), Marta Fernandes, Vera Santos, Inês Tavares, Carlota Milheiro (1), Sofia Andrade (1), Beatriz Pereira (2), Catarina Reis (1), Lídia Rocha, Cátia Gaspar (GK)
Treinador: Ferran Trabal
CAP - Angelina Barbosa (GR), Luana Silva, Carolina Quinhentas, Rafaela Duarte (1), Jéssica Teixeira (1), Maria Barbosa, Ana Andrade (5), Fabiana Duarte (2), Beatriz Peixoto (4), Ana Sousa, Vanessa Freire, Beatriz Santiago (1), Angela Sousa (GR)
Treinador: João Pedro Santos
Marcou primeiro o Fluvial, por Catarina Reis, e pouco mais de um minuto depois já Maria Ferreira fazia o 2-0. O Pacense acusou algum nervosismo inicial e assumia o papel de outsider, mas não queria entregar de mão beijada a taça e aproveitou para reduzir numa superioridade numérica através de Sofia Andrade, seria a vez de o Fluvial aproveitar a primeira exclusão de Jessica Teixeira e Ruth Ruiz começava o seu recital de golos na partida sendo decisiva no desfecho final. Beatriz Peixoto reduzia, mas as preocupações do Pacense aumentaram quando Vanessa Freire e Jessica Teixeira chegaram às duas faltas pessoais ainda no primeiro período. Este primeiro parcial terminou com mais um golo para cada lado de Ruth Ruiz e de Rafaela Duarte, uma jogadora em muito boa forma.
O segundo parcial arrancou exatamente de forma inversa ao primeiro com a equipa de Paços de Ferreira a marcar dois golos por Jessica Teixeira e Beatriz Peixoto, passando para a frente no marcador. Mas este parcial jogado com uma intensidade acima da média nos jogos femininos, do melhor já visto nesta época, seria sem dúvida marcado pelos 4 golos de Ruth Ruiz. Empatou a 5, colocou a sua equipa na frente, e mesmo quando Fabiana Duarte e Sofia Andrade (um excelente jogo também fez a capitã do Pacense) tentavam dilatar o resultado, colocando mesmo 2 golos de diferença, lá aparecia Ruth Ruiz novamente a culminar o bom trabalho defensivo do Fluvial, com uma guarda redes Paula Jasny muito segura, e através de contra ataques ou aproveitando as superioridades numéricas empatou o jogo colocando tudo no ponto de partida quando se ia entrar na segunda parte do jogo.
Já sem Vanessa Freire, uma peça muito importante na dinâmica ofensiva das Pacenses, as jogadoras do CAP acreditavam que podiam levar para casa a taça, mas o Fluvial, voltou a adiantar-se através de Carlota Milheiro aproveitando uma superioridade numérica muito bem trabalhada. Beatriz Peixoto marcava o seu 3.º golo no jogo e voltava a empatar. As equipas davam tudo, lutavam por cada bola, os sistemas defensivos iam ajustando às várias soluções que os treinadores tentavam introduzir no jogo e quem saia beneficiado era o inúmero publico que enchia as bancadas da Piscina Rota dos Moveis em Paredes. Beatriz Pereira apareceu no jogo e fez dois golos seguidos colocando o Fluvial em vantagem por 2 golos. Nesta altura já Jéssica Teixeira tinha feito a sua terceira falta pessoal e tinha deixado o jogo, ficando o jogo ofensivo do CAP mais debilitado. Mas a sua capitã não desistia e assumia a vez das suas colegas e reduzia o marcador para um golo. Ana Andrade, a jogadora em campo com mais Taças de Portugal conquistadas todas ao serviço do Fluvial, fazia o 12-10 e depois, quem haveria de ser…Ruth Ruiz fechava o período com 13-10 para a sua equipa.
Último e derradeiro período, o do tudo ou nada. Beatriz Santiago “dispara do meio da rua” e reduz para 13-11, ainda faltavam 5:09 e o jogo podia ainda cair para qualquer dos lados, mas Carolina Fernandes, que até aqui tinha estado algo apagada, resolveu mostrar as suas boas qualidades, e faz o 14-11 num remate muito colocado. Sofia Andrade voltava a colocar a sua equipa em jogo e reduzia mais uma vez, e parecia que Fabiana Duarte com um belo chapéu ia conseguir impulsionar a sua equipa para o empate, mas Ruth Ruiz ainda não tinha ido embora, e volta a colocar os 2 golos de diferença, marcando o seu 8.º golo!! A 1:32 Beatriz Peixoto voltava a reduzir e deixava tudo em suspense, mas um excelente golo, um remate cruzado indefensável de Carolina Fernandes, a 59 segundos do fim colocava um ponto final na incerteza de quem ia vencer esta final.
Nota de destaque para o excelente ritmo competitivo e emotivo que este jogo teve, com a incerteza no vencedor até final.
Parabéns ao Fluvial que conquista também o direito a disputar a Supertaça no início da próxima época.