A competição mais importante do desporto aquático no calendário de 2022, os Campeonatos Mundiais que aconteceriam em maio, em Fukuoka, no Japão, foram adiados por conta do novo agravamento da pandemia da Covid-19.
A informação foi confirmada segunda-feira pelos organizadores japoneses. As competições estão agora marcadas para julho de 2023.
José Machado, diretor desportivo da Federação Portuguesa Natação (FPN): “acaba por não ser assim tão surpreendente, embora não esperasse que fosse para tão longe, 14 meses adiante”. Para além disso, o representante da federação, observou que a equipa técnica da FPN e alguns treinadores já tinham identificado o Europeu de Roma, em agosto como prova alvo para esta época “por permitir um ciclo de preparação mais alargado pelo que as alterações não são nestes aspetos radicais”.
“Aliás, em termos de planeamento, a dificuldade seguirá no final do ciclo com o Mundial Europeu e os Jogos Olímpicos, na mesma época, em 2024. Não acho que tenha qualquer implicação para os nossos melhores nadadores que ainda estão no patamar de tentar cumprir os mínimos para participar nas grandes competições e havendo uma por ano, nestas duas próximas épocas, podem focar-se nesse objetivo com mais tempo para trabalhar. O pior de tudo é mesmo não haver garantias de que as alterações, adiamentos ou cancelamentos fiquem por aqui. Isso pode começar a criar se a sensação de que o regresso à normalidade não está assim tão próximo”, detalhou José Machado.
Apesar do momento de instabilidade, até o momento, o Mundial de natação em piscina curta, marcado para dezembro deste ano, em Kazan, na Rússia, segue marcado.
A reportagem da SportMagazine ouviu alguns membros da comunidade que faz a natação portuguesa sobre o adiamento, incluindo a FPN.