A obra plástica e literária "Tóquio 2020 - Desporto, Arte e Cultura: A viagem Performativa” foi ontem, quarta feira, apresentada no Museu do Oriente, em Lisboa. Iniciativa da Federação Portuguesa de Natação (FPN), em parceria com o Comité Olímpico de Portugal (COP) e Comité Paralímpico de Portugal. A obra plástica de Mário Vitória estará exposta no Museu do Oriente até ao dia 7 de fevereiro.
A obra - um acrílico sobre tela disposto em tríptico - sustenta uma “viagem performativa” através do desporto arte e cultura “transportando o nosso imaginário para o local onde os atletas portugueses, em particular os nadadores, vincaram o nome de Portugal” em Tóquio 2020, referiu o artista plástico Mário Vitória na apresentação.
O livro de suporte à obra plástica contou com a colaboração de Jorge Bento, Carlos Assunção, Mário Vitória, António Silva, José Manuel Constantino, José Lourenço, Gonçalo M. Tavares, Laura Castro, Fernando A.B. Pereira e Carlos Raposo, numa edição de Jorge Olímpio Bento e co-edição de Carlos Alberto Sequeira, Carlos Assunção e António José Silva.
O livro aborda a “Língua Portuguesa como Metalíngua e Língua de Interculturalidade no Oriente: O Caso do Japão”; “Mergulho de uma amizade ancestral na celebração Olímpica”; “Pintura, pensamento, processo e celebração”; “Mergulhos nas Histórias”; “Sobre o Japão”; “Exercício da Memória”; “Apontamentos Biográficos dos Nadadores JO e JP - 1964 Vs 2020.
O presidente da FPN assumiu “o orgulho neste processo de comunicação intercultural unindo todos em torno de uma visão histórica, Portugal e o Japão”. Referindo ainda que esta obra é, ainda, um grito de revolta neste período de incerteza justificado pelo surto da Covid-19.” António Silva considerou o momento “marcante, porque o desporto não é só aquilo que se dá a ver, é uma passerelle para a cultura e a comunicação entre povos”, tendo anunciado que novo projeto está em marcha, no ciclo Paris 2024, sob o lema do Renascimento.
O presidente do COP, José Manuel Constantino elogiou o projeto. “É sobretudo a valorização da dimensão cultural que o desporto tem em contexto olímpico e um pretexto para juntar várias artes e manifestações culturais, quer na área da cultura, da literatura e do pensamento. E é um ato que, de algum modo, acrescenta valor ao valor desportivo dos Jogos Olímpicos. Oxalá possam frutificar e servir de exemplo para que outras iniciativas possam ocorrer."
Luís Figueiredo, vice-presidente do CPP, afirmou que “a sociedade civil pode sempre contar com o CPP em projetos desta natureza.”
Gonçalo M. Tavares caracterizou o momento “invulgar” como de “suspensão da gritaria” que se vive no desporto e Jorge Bento sublinhou a paixão da lusofonia que “o desporto só está bem de braço dado com a cultura, se não está deserdado. É o berço da transcendência, um construtor de pontes.” Carlos Assunção destacou o” património ligado à língua portuguesa considerando esse contacto civilizacional com o Oriente como a maior internacionalização da língua portuguesa até à internet.”
Marcaram igualmente presença o presidente do Instituto Português do Desporto e Juventude, Vítor Pataco, o presidente da Confederação do Desporto, Paulo Cardoso, e o vice-presidente do Comité Paralímpico de Portugal, Luís Figueiredo.
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