Javier Aznar tem boas recordações da Madeira. Foi nas Piscinas Olímpicas do Funchal que há um ano o treinador levou a Espanha ao titulo europeu de polo aquático juniores, batendo na final a favorita Rússia, por 12 - 8.
Este ano iniciou a participação no Mundial com um empate frente à surpreendente Holanda (12 -12). Depois bateu o Cazaquistão, por um dilatado 22-5, para hoje vencer o Brasil por 14-3. Resultados que lhe deram o 2.º lugar do grupo A, depois da Holanda.
Agora irá defrontar a Austrália que perdeu com a Hungria (10 – 9), venceu o Japão por 11-10 e perdeu com os EUA, por 9-8, terminado em 3.ª lugar no grupo A, depois dos EUA e da Hungria.
“Agora que chegámos aqui, aos oitavos de final, o nosso objetivo e focarmos-mos no caminho que temos para fazer e já no próximo jogo frente: a Austrália”, atira Javier Aznar, após vencer o Brasil.
Campeões da Europa no Funchal em 2018, “o objetivo é vencer este Mundial. É certo que não jogámos como pretendíamos. Os campeonatos se vencem ganhado todas as partidas. Vamos preparar muito bem a partida frente à Austrália, que será uma partida duríssima e seguir em frente. Este campeonato está com um grande nível. Há equipas muito fortes e vai ser uma incógnita saber quem ir vencer o Mundial. Por isso é importante jogar cada partida como se fosse a única, pensar somente o que temos pela frente e ir avançando”, acrescenta o técnico, não escondendo a ambição da Espanha, para atirar de seguida: “A seleção espanhola é à base de jogadoras da Catalunha. A tradição do polo aquático está na Catalunha. Mas há mais clubes há mais competição em Espanha.”
Para o técnico espanhol, o segredo do desenvolvimento da modalidade “está na base” dos praticantes. “Procurar que a prática seja o mais alargada possível. Olhar apenas para a alta competição é um erro. Devemos pensar promover a modalidade junto das camadas jovens e trabalhar para que alguns deles possam chegar ao topo de uma carreira na alta competição”, defende.
Todavia está consciente que não é fácil e existe múltiplos fatores. “Motivar as crianças para a prática depende também das condições que tens para desenvolver esse trabalho nas comunidades locais, nas piscinas. Temos de ter consciência que o polo aquático é um desporto minoritário e há que trabalhar muito para conseguir que as crianças não pensem só em jogar futebol. O polo aquático é um desporto saudável, atrativo. Por isso aproveitar estes campeonatos para promover a modalidade na base é muito importante”, conclui.