Terminou o Campeonato Nacional de Juniores e Seniores, que decorreu durante quatro dias nas piscinas de municipais de Leiria e tendo como análise a participação de clubes e nadadores, os resultados conseguidos e a organização o «balanço é positivo» para Ricardo Antunes, Diretor Técnico Nacional de natação pura, que deixou a promessa de, no futuro, continuar a melhorar o modelo competitivo em prol dos nadadores.
«Estes campeonatos apresentaram um balanço global positivo, marcado por uma boa participação a nível nacional, elevada competitividade na maioria das provas e melhorias relevantes ao nível organizativo», começou por referir o responsável técnico, lembrando ainda que a competição contou com a presença de 75 clubes, num total de 448 atletas (257 masculinos e 191 femininos), que realizaram mais de 1.270 provas individuais e 77 estafetas, «confirmando o papel central destes campeonatos no calendário da natação portuguesa».
Passando à análise mais técnica, Ricardo Antunes destacou que do ponto de vista desportivo, «apesar de terem participado menos 55 nadadores em comparação com 2024, foram alcançadas várias marcas de elevado nível, incluindo recordes nacionais - juniores, seniores e absolutos - tanto em provas individuais como em estafetas», sublinhando ainda que a «estatística de medalhas evidencia uma distribuição alargada de pódios por vários clubes, pelo que este cenário traduz um equilíbrio competitivo, fundamental para o desenvolvimento da modalidade».
«A análise comparativa dos resultados desta edição face a 2024 evidencia tendências distintas entre escalões. No escalão sénior, observa-se uma ligeira melhoria global do rendimento, traduzida numa maior consistência competitiva e num aumento das prestações de topo, em particular nas posições de pódio e de final. No escalão júnior, a comparação revela uma ligeira redução do rendimento médio. Importa sublinhar que estas variações, em ambos os escalões, não são significativas, não se prevendo, por isso, a necessidade de implementar medidas corretivas extraordinárias», prosseguiu, destacando ainda que a distribuição das provas por quatro dias de competição acabou por beneficiar os nadadores e, consequentemente, os resultados: «Ao nível organizativo, destaca-se de forma particularmente positiva a estruturação da competição em quatro sessões, permitindo um maior período de descanso entre eliminatórias e finais, fator determinante para a qualidade do desempenho desportivo. O eventual alargamento do número de participantes em cerca de 50 a 100 nadadores é um objetivo a considerar para futuras edições, uma vez que permitiria equilibrar o número de nadadores juniores e seniores, mantendo simultaneamente intervalos adequados entre as sessões de eliminatórias e finais.»
Por fim, ainda a nível organizativo, uma palavra para a redução do tempo das cerimónias protocolares - «foi possível otimizar a gestão do programa competitivo através da redução do tempo destinado às cerimónias de entrega de medalhas, que passou de cerca de 40 minutos em edições anteriores para aproximadamente 25 minutos nesta edição, contribuindo para sessões mais equilibradas, funcionais e ajustadas às exigências competitivas» - e uma promessa: «A Federação Portuguesa de Natação continuará a trabalhar de forma consistente na melhoria contínua do modelo competitivo, procurando reforçar as condições de rendimento dos atletas e a valorização global dos campeonatos nacionais, tanto do ponto de vista desportivo como organizativo.»
