Fernando Leite, selecionador nacional: «O Torneio das Nações foi um bom teste para a equipa e numa boa altura. Realizamos cinco jogos em quarenta e oito horas, o que exigiu de todos os jogadores um esforço bastante grande. Para a altura da época já sentimos que alguns deles apresentam um bom nível de preparação por aquilo que foi proporcionado pelos clubes.
Estivemos competentes durante o torneio em 16 dos 20 períodos de jogo. Ficamos com indicadores do trabalho de casa a realizar: nomeadamente quando somos postos à prova em sistemas de jogo que obrigam a arriscar mais e onde a tomada de decisão nem sempre foi a melhor; Conseguimos acomodar novas e produtivas opções de jogo; Fomos colocados perante situações de dificuldade tática; E temos de ser mais pacientes com e sem bola nas diferentes fases do jogo; Falta ainda consolidar alguns processos defensivos principalmente na rapidez as ajudas e na execução dos blocos, necessitamos maior mobilidade e intensidade defensiva.
Na final, tivemos dificuldade em quebrar a zona ofensivamente e a Ucrânia demonstrou uma capacidade de imprimir uma intensidade de jogo que nos obrigou a andar em registos bastante elevados durante todo o tempo. Depois do esforço de recuperar de uma desvantagem de quatro golos e realizando um bom quarto período não podemos facilitar.
Estamos perante uma boa geração de jogadores de polo aquático em Portugal, a maior parte deles com experiência acumulada desde as seleções de formação o que lhes dá uma bagagem bastante interessante ao nível de conhecimento do jogo. É fundamental o trabalho das seleções de formação de forma regular para conseguir capacitar jogadores e alimentar a seleção absoluta. Este ano, por exemplo, tanto na seleção de Sub-16 como na de Sub-18 existem jogadores com bons indicadores para num futuro próximo integrarem a seleção absoluta, daí ser fundamental a inscrição e participação nos Europeus respetivos.»