Paris 2024 - comités e federação de natação unem cultura e desporto em pintura e livro
Um cruzamento das culturas portuguesa e francesa, aliado ao desporto no geral e à natação em particular, foram o mote para a obra plástica de Mário Vitória “Paris'2024 Mergulhos de Renascimento: a grande união dos Cardumes”, esta segunda-feira apresentada.
“Esta obra representa a união das pessoas, e a intemporalidade de ver o desporto como forma de manifestação de cultura”, afirmou António José Silva, presidente da Federação Portuguesa de Natação (FPN), na apresentação da obra, que descreveu como “um cruzamento de culturas entre Portugal e França, de pessoas, de artes plástica, pictórica, performativa”.
Na tela, mostrada na sede do Comité Olímpico de Portugal (COP), o autor representou, em cada um dos lados, ícones, momentos e figuras de Portugal e de França, colocando no topo do lado português um desenho da Torre Eiffel vista através dos olhos de um nadador, que está debaixo de água.
Mário Vitória ilustrou na tela, na qual são bem visíveis a rosácea e o interior da catedral de Notre Dame, momentos da história francesa, tão diversos como as manifestações do Maio de 1968, a greve dos coletes amarelos, a colonização.
O autor colocou na sua obra, com mais de dois metros de altura, um balão de ar quente, numa alusão à obra de Júlio Verne, no qual viajam vários heróis franceses, e ilustrou também figuras como Joana D’Arc, o Principezinho, e os irmãos Lumière, todos a apontarem para um atleta.
O livro, com o mesmo nome, editado por Jorge Olímpio Bento, Carlos Assunção e António José Silva, faz uma análise aos ideais olímpicos, às relações linguísticas, literárias e culturais entre os dois países, e termina com um capítulo dedicado aos Jogos Olímpicos Paris'2024, que decorrerão entre 26 de julho e 11 de agosto, pouco antes dos Jogos Paralímpicos, que começarão em 28 de agosto e terminam em 8 de setembro.
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