António José Silva tomou posse este sábado como Presidente da Federação Portuguesa de Natação para o seu último mandato à frente da organização que tutela a modalidade em Portugal.
Na cerimónia, que decorreu no Sheraton Porto Hotel na cidade do Porto, foram respeitadas todas as medidas de segurança sanitária impostas pela DGS. O ato solene foi dirigido pelo presidente da Assembleia Geral, Alberto Mota Borges, que deu posse aos novos membros dos órgãos sociais da Federação Portuguesa de Natação.
No discurso de tomada de posse dos órgãos sociais, António José Silva realçou o trabalho desenvolvido no último mandato, ao destacar as classificações obtidas pelos nadadores portugueses em campeonatos da Europa e do Mundo em pista longa (50m) e em pista curta (25m). António José Silva reconheceu que este salto qualitativo também se reflete nos 5 atletas já apurados para os Jogos Olímpicos de Tóquio do próximo ano, havendo a possibilidade deste número quase duplicar.
O presidente considerou que todas as disciplinas tiveram um aumento considerável, quer a nível de nadadores que a nível de resultados. Neste último mandato, as Águas Abertas conquistaram as melhores classificações e resultados de sempre, no Polo Aquático as equipas absolutas participaram em todas as qualificações para o Campeonato da Europa. A Natação Artística assistiu a uma evolução sem precedentes nos últimos 4 anos, ao alcançar as melhores marcas de sempre na história da disciplina em Portugal. A Natação Adaptada assistiu à consolidação das suas Seleções Nacionais. Este salto qualificativo teve como resultado a conquista de 71 medalhas para Portugal.
No discurso da tomada de posse para o terceiro e último mandato à frente da Federação Portuguesa de Natação, António José Silva, apelou à intervenção do Governo porque “Urge colmatar o severo impacto das medidas de contingência e controlo da pandemia por COVID-19 no desporto, a exemplo do que sucedeu nos restantes países europeus onde o desporto é atendido e reconhecido com medidas concretas, extraordinárias e específicas de combate aos prejuízos, conforme diretivas europeias: do Conselho, da Comissão e do Parlamento Europeu, para mitigar o impacto da crise, fundamentalmente ao nível dos clubes, completamente ignorados no Programa de Estabilização Económica e Social, onde foram enquadrados nos regimes aplicáveis a quaisquer outras empresas.”
No final da intervenção, o presidente eleito afirmou que iria ter início de um novo ciclo na instituição, ao propor 10 prioridades para o próximo quadriénio. Entre as medidas anunciadas, destacam-se a intenção de “Assumir a natação em Portugal como a atividade desportiva com os maiores valores de prática sistemática a nível nacional, quer pelo aumento do nº pessoas no universo da prática, para a meta dos 200.000 Praticantes, mas também pela institucionalização, nos diferentes níveis de intervenção política, da competência aquática como conteúdo curricular obrigatório na rede escolar do 1º ciclo do ensino básico, dos subsistemas público e privado.”
A direção recém eleita assumiu também como prioridade “promover uma política de cooperação nacional com restantes organizações desportivas com utilidade pública desportiva, no âmbito da plataforma do desporto federado reforçando o reconhecimento da importância educativa, social e económica do desporto em termos globais e da natação em termos específico”.