Este sábado de manhã, na I Convenção Portugal a Nadar, que decorrer no Hotel Axis Vermar, na Póvoa de Varzim, debateu-se quais as soluções para a retoma das atividades aquáticas.
António José Silva, Presidente da Federação Portuguesa de Natação, iniciou a intervenção realçando que “esta convenção, com uma componente presencial e não presencial, é uma forma de dar um sinal claro que devemos e podemos avançar e aproveitar os novos desenvolvimentos que decorrem deste mundo em constante mudança através desta nova era digital”.
Durante a apresentação, o responsável da FPN apresentou alguns dos principais projetos para os próximos anos e define, como uma das metas da organização, ter 200 mil pessoas a praticar a modalidade, de forma regular, até 2024. Para tal, a federação está a trabalhar com autarquias ” com o objetivo de implementar um projeto de competências aquáticas junto dos alunos do primeiro ciclo do ensino básico”.
As “Implicações práticas para a Natação Portuguesa, para as escolas de natação, escalões de formação e treino, segundo as orientações da DGS” foi o tema abordado pelo Diretor Técnico Nacional de Natação Pura, José Machado.
Na sua intervenção, o selecionador explicou quais os procedimentos a ter em conta nas competições nacionais, desde logo, através da definição de “planos de contingência até ao final deste ano para as diferentes piscinas em função da prova. Estas novas regras vão definir o número de nadadores com acesso a instalação. Poderá, inclusive, haver a possibilidade de recorrer a uma instalação de apoio à piscina onde os nadadores permanecem até competirem, com o devido distanciamento. Assim que terminam a prova, devem sair imediatamente do local. Todos os agentes desportivos têm de usar mascaras de proteção e cada clube só pode ter, no máximo, 2 acompanhantes.”
Entre as diversas disciplinas sob a alçada da Federação Portuguesa de Natação, o Polo Aquático foi a mais penalizada com a avaliação da DGS relativamente níveis de exposição. “O Polo Aquático é considerada uma modalidade de alto risco porque a DGS considera que pode existir um contacto próximo, face-a-face. Apesar de respeitarmos, discordamos com esta avaliação por parte das entidades competentes, uma vez que existem outras modalidades desportivas onde este tipo de contacto é muito mais frequente e são avaliadas como medio risco”, defendeu José Machado.
A fechar a manhã, no painel “Retoma das Atividades no Pós-COVID” Pedro Morais, do Clube Aquático Pacence, Rui Santos, do Clube dos Galitos e Pedro Carvalho, da Câmara Municipal da São João da Madeira, tiveram oportunidade de partilhar todos de que forma se adaptaram e alavancaram a prática da modalidade.