WPS European Open Championships Madeira 2024 de 21 a 27 de abril, Funchal (Portugal).
Marco Meneses encerrou hoje a participação de Portugal no Europeu Open com um 4.º lugar nos 400 livres e um recorde de Portugal.
Portugal somou três medalhas neste Europeu Open – Marco Meneses prata nos 100 costas (S11), Diogo Cancela prata nos 200 estilos (SM8) e prata nos 100 mariposa (S8).
De referir que durante sete dias de competições nas piscinas olímpicas da Penteada, no Funchal, foram batidos oito recordes mundiais e 13 máximos europeus.
A Itália liderou o medalheiro com 20 ouro, 20 prata e 15 bronze seguida da Ucrânia (19, 24 e 21) e dos Países Baixos (13, 8 e 6).
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Quanto à participação lusa, Marco Meneses, nadador paralímpico do Crasto, terminou com 4.38,25 minutos melhorando o seu anterior máximo fixado em 4.43,75 em 2023.
A vitória foi para Rogier Dorsman (Países Baixos) com 4.26,57 minutos, seguido do checo David Kratochvil (4.33,78) e o ucraniano Danylo Chufarov (4.37,88).
Recorde-se que Marco Meneses foi ontem medalha de prata nos 100 costas.
João Fidalgo (6.º) e Tomás Cordeiro (7.º) nos 100 costas S10.
Ainda nas finais da tarde de hoje, Fidalgo terminou com 1.03,88 minutos e Tomás Cordeiro concluiu em 1.04,96 a final dos 100 costas (S10). A vitória foi para Olivier Van de Voort (Países Baixos).
De referir que nas eliminatórias o nadador da Gesloures assegurou um lugar na final com o terceiro tempo (1.04,11), melhorando o seu recorde de Portugal que estava fixado em 1.04,72 a 02/12/2023 Coimbra.
Na segunda série da mesma prova, Tomás Cordeiro obteve o 8.º tempo (S10) a par do ucraniano Stanislav Popov (1.04,91). O “swim-off” entre o português e o ucraniano realizou-se 50 minutos depois. O português levou a melhor sobre o ucraniano por 34 centésimos, com 1.03,75, melhorando o recorde de Portugal obtido por João Fidalgo nas eliminatórias.
Balanço de José Machado diretor desportivo FPN:
«O número de medalhas conquistadas [3 pratas] era o ambicionado por nós e o patamar ideal para a seleção de Portugal.
Há um registo que eu faço nestes momentos que é o balanço dos recordes pessoais - neste caso e nas competições mais importantes, os recordes pessoais, normalmente são recordes nacionais.
Como participamos em 20 provas, onde obtivemos 11 recordes pessoais, passará a ser uma média superior a 50% o que é um resultado muito significativo porque normalmente neste tipo de competições andamos por volta dos 20 a 25% numa competição bem-sucedida.
Quando este valor é ultrapassado é importante realçar porque na natação adaptada, os atletas a tem menos oportunidades competitivas a este nível. Normalmente os estímulos competitivos mais fortes que têm são quando nadam com os seus colegas da natação pura. Nos seus campeonatos ficam sozinhos porque tem marcas muito inferiores aos adversários que tem em Portugal.
Portanto, há sempre uma ansiedade adicional nestes momentos que leva a que seja difícil estarem no seu melhor registo.
Por outro lado, das três medalhas, duas delas foram obtidas sem recorde nacional o que também significa que as marcas já são suficientemente boas mesmo não estando no máximo das suas formas físicas.
Ontem, disse-lhes que esta “estória” de obterem a melhor marca pessoal acabou por ser quase um estratagema para um objetivo alcançável neste tipo de competições. Quando passamos para um patamar onde já ambicionamos chegar ao pódio é obvio que o pódio “troca-se” pela melhor marca pessoal.
Mas, de facto é que nessas circunstâncias não se sentiram completamente realizado porque achavam que poderiam ter feito melhor e esse melhor daria outra classificação na prova. Dai que esta competição é um ponto de avaliação para os jogos paralímpicos e o indicador foi muito positivo, porque permite-nos esperar que nos jogos passam a estar no ponto máximo da sua forma e ambicionar este tipo de classificações.
Do balanço que é feito aqui, no caso de se confirmar a cota de quatro nadadores para Portugal para Paris 2024, penso que ficamos com uma ideia clara de quem são esses quatro nadadores. É obvio que pode haver sempre uma percentagem de erro que pode levar a uma ou outra alteração. Mas de uma forma geral que os nadadores que tem mais hipótese de estar nos jogos paralímpicos foram os que obtiveram aqui melhores resultados.
De referir, que estes Europeus foram os mais competitivos comparando com os mais recentes. Poderia afirmar que até mais que o último mundial de na Madeira 2021. Portanto, também não é surpresa que estamos em ano olímpico e os melhores nadadores estão em final de um ciclo e preparam-se para isto nos últimos três anos e surgem outros nadadores que se estiveram a preparar que normalmente constituem as surpresas quando chegamos aos Jogos Paralímpicos.»
RESULTADOS:
