Fernando Leite: "continuamos o caminho, assumindo que temos de ser mais exigentes."

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O selecionador nacional Fernando Leite faz o balanço do ‘play-off’ do Europeu Barcelona 2018 que colocou a seleção masculina frente à Eslováquia em Santa Maria de Lamas (4-16) e em Kosice (9-2).

Fernando Leite:

“Defendemos que a formação de um grupo de jogadores de seleção, que possibilitem uma certa estabilidade, com potencial e margem de progressão, a regularidade nos treinos e jogos são fatores preponderantes nos próximos anos para a melhoria dos resultados do Polo Aquático em Portugal.

Isto, com a convicção de que continuamos o caminho, assumindo que temos de ser mais exigentes no dia a dia.

O objetivo assumido neste segundo jogo de ‘play off’ frente à Eslováquia em Kosice era encurtar a distância no marcador entre as duas seleções. Quem pagou os 5 euros para ver o jogo, assistiu ao melhor resultado de sempre entre Portugal e a Eslováquia, transmitido no canal nacional, com uma exposição mediática grande ao nível da importância do momento.

Muito bom para o Polo Aquático em Portugal conseguir estar neste patamar, jogar dois jogos de ‘play-off’ com piscinas cheias é uma novidade para a Seleção Nacional, gostamos e estamos gratos por todo o carinho e apoio que nos foi transmitido.

Tivemos 56% de eficácia em ‘menos um’, conseguimos empatar um período, o terceiro período do primeiro jogo foi mau e o segundo período do segundo jogo foi menos conseguido da nossa parte. Os restantes períodos foram de luta intensa e transições realizadas com intensidades de nado bastante altas, a vontade férrea esteve presente.

Realizar ações defensivas em intensidade elevada, acumula um desgaste que nos leva a ser menos eficazes nas ações ofensivas. Temos de ser mais pragmáticos no ataque e fundamentalmente em ‘superioridade numérica’.

Quero agradecer aos clubes, e aos treinadores com jogadores nos trabalhos da seleção nacional, pela disponibilidade e colaboração no trabalho diário com os atletas. O crescimento desportivo assenta no trabalho diário.

No Polo Aquático, como desporto coletivo, a parte tática assume um papel muito importante. Os jogadores têm de ser postos à prova em jogos em mais de 50 vezes por ano. É fundamental aumentar o número de jogos e é importante que todos os agentes envolvidos estejam motivados para o fazer.”